Confira os bastidores que agitaram o primeiro debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo
Os candidatos à prefeitura de São Paulo ficaram frente a frente pela primeira vez na noite desta segunda-feira. Mas as trocas de farpa não ficaram restritas às câmeras. Saiba o que movimentou os bastidores do debate:
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Magoou – Antes do começo do debate, quando o governador Geraldo Alckmin chegou, Andrea Matarazzo, que estava bem no seu caminho, virou as costas. “O Geraldo eu não quero ver”, disse o ex-tucano, preterido na vaga para ser candidato do PSDB e atual vice de Marta.
Coração dividido – Na parte da plateia destinada ao PT, o ex-ministro de Dilma Antonio Carlos Rodrigues disse que infelizmente não poderia torcer por Marta — ele é suplente dela no Senado e assumiria se ela for eleita. “É uma questão de hombridade”, disse.
Sem sentar na janelinha – Os petistas, aliás, reclamaram bastante. “Não basta a gente ficar no pior lugar, ainda ficam esbarrando na gente”, disse o presidente do partido, Rui Falcão, ao tomar uma trombada de um câmera — eles ficaram num canto em que havia duas câmeras na frente, com a visão prejudicada do palco.
Culpa do frio – E não foi só Celso Russomanno que atribuiu sua performance ao frio. O mediador, Boris Casoy, que trocou duas vezes eleitor por eleitora na hora das perguntas, reclamou da temperatura. “Estava uns sete graus”, disse, depois do debate.
Eduardo e Marta – Ex-marido é para sempre. Na saída, Eduardo Suplicy ficou plantado no caminho de Marta, para cumprimentá-la. Ela deu um beijinho — bem menos entusiasmado no que deu menos de um minuto depois no atual marido, que a esperava lá fora.
Amigo árabe – Adversários na política, Jilmar Tatto, do PT, e Pedro Tobias, do PSDB, ficaram falando das ligações com árabes. “Oi brimo”, disse o petista. “Allahu akbar”, Deus é grande, brincaram, antes de falar sobre regiões do Líbano, onde têm parentes.
Coxipster – A roupa do Doria, mais descolada sem gravata e paletó, foi um opção do próprio candidato. Por debaixo da câmera, ele usava um sapato Osklen claro.
Esquadrão da Moda – Aliados de Doria divertiam-se na plateia trocando mensagens sobre o figurino de Marta Suplicy. Não gostaram do tom marrom da roupa, sobre o qual fizeram piadas com direito a emotions.
Pegadinha – A falta de Russomano ao debate era apenas um blefe. Ele sempre esteve programado para ir. A ameaça foi uma forma de pressionar os aliados a mudar de ideia sobre a ida de Erundina.
Vai ter bolo – O coordenador da campanha da Marta, José Yunes, só foi ao debate após pedido pessoal de Márcio Toledo, marido da Marta. O planejamento inicial era que ele estivesse em Brasília.
Festa – Aliados do Russomanno saíram satisfeitos. Após o debate, todos foram abraçá-lo para comemorar o desempenho do candidato do PRB.
PMDB, não – O deputado estadual Delegado Ollim, do PP, ficou reticente ao sentar em uma cadeira destinada ao PMDB. Referindo-se ao tamanho da bancada de seu partido, disse que “a cadeira do PP é tão pequena, não vou sentar na do PMDB”. Por fim, cedeu ao correligionário Guilherme Mussi, presidente da legenda em São Paulo, e ambos sentaram em lugares destinados a peemedebistas, logo atrás do coordenador da campanha de Marta Suplicy, José Yunes.
Matarazzo congelado – O vereador Andrea Matarazzo, vice na chapa de Marta Suplicy, passou o debate reclamando de uma corrente de ar condicionado que lhe castigava a cabeça e as costas. Matarazzo chegou a cobrir as orelhas com a lapela do casaco preto que vestia. No último bloco do debate, justamente quando o ar já não era tão severo, Matarazzo resolveu circular e só voltou a seu lugar, entre sua mulher, Sônia, e o marido de Marta Suplicy, Márcio Toledo, no fim do debate.
Endireita, Russomanno – O marqueteiro Duda Lima, responsável pela campanha de Celso Russomanno, orientou pelo menos três vezes o candidato a manter uma postura mais ereta a firme enquanto fora do enquadramento das câmeras. Russomanno aprumava os ombros e estufava levemente o peito quando advertido pelo publicitário à distância.
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